MINISTRO PARLO

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


2ª CARTA À CORPORAÇÃO DE MESTRES ADJUNTOS

Salve Deus, meu filho!
Quero deixar bem esclarecida a vida além do mundo físico.

Fui levada por Humahan, há muitos anos, a prestar contas de um quadro de uma enorme família que chegava da Terra. Interessante aquele grupo que viera por um desencarne em massa. Todos se organizaram, chegaram ricos e compraram suas mansões.

Perguntei a Humahan:

- Onde conseguiram dinheiro?

- Conseguiram na luz de seus bônus.

- O que fizeram para ganhar bônus?

- Fizeram amigos na Lei do Auxílio. Respeitosamente tiveram suas consagrações ou sacramentos e com respeito e amor ajudaram os outros. Tiveram tolerância com seus vizinhos e demais comportamentos que não fazem sofrer os outros.

Sim, é fundamental a tolerância para os que estão em julgo. Precisamos, filho, ter muita paciência com os demais. Dessa paciência é que vem o amor. O amor incondicional.

Veja, filho: Quando não temos um filho não sabemos o valor, a importância do amor incondicional. Cresce dentro da gente uma vontade muito grande de proteção. E Deus faz com que nossos filhos sejam nossas vítimas do passado. Mesmo porque o “homem pai” amolece o seu coração no desejo de proteger. Pai na totalidade. O homem ainda tem o seu coração muito duro.

- Sim, deixa pra lá - dizia Humahan - Vamos ao sentido dessa mensagem. A grande família estava no Canal Vermelho e caminhava em sua missão. Enquanto isso, cada dia chegava um atrasado e ficava ali até chegar na sua origem colonizada.

- Porque tudo isso?

E Humahan me respondeu:

- Porque os espíritos só vão para a origem colonizada quando chega o último e que não tem inimigo em seu povo.

Sim, me lembro de algo que Humahan preparou para mim: naquele dia ia para o sono cultural um jovem que deixara na Terra uma complicada cobrança, uma jovem mulher empenhada em dívidas. Agora, ele teria que voltar a Terra e nascer no lar de sua enteada. Era o quadro que eu via. E Humahan me explicou:

- A moça já está grávida, agora veremos se dá tempo. Seu sono, sua cultura foram muito tristes. Ele teria que voltar quando tivesse sete anos. Se tudo corresse bem, poderia voltar até os setenta ou oitenta anos.

- Por que a enteada?

- Porque o jovem se apaixonou por ela, fez dívidas e, estragando sua vida, deixou também a mulher “naquela situação”.

- Mas que culpa teria a moça de perder seu filho, que é uma dor tão grande?

- É que ela alimentava a paixão de seu padrasto, perdendo o sentimento de mãe, não havia respeito. Já se passaram cinqüenta anos, mais ou menos, e Deus não tem pressa. Eles estão chorando porque aqui sofrem mais e são mais conscientes.

- Mas não é esta família que estava na Terra?

- Não. Amaro, que é este jovem, já estava endividado com Susana. É a segunda vez que ele volta. Seu pecado é o de não respeitar a sua família. Se comporte em seu lugar, como mestre instrutora. Não é falta de respeito, o comportamento. Estando na Terra, todos podem se libertar uns dos outros sem precisar traumatizar ou cravar uma injúria ou uma falsidade, que é o mesmo que matar fisicamente. E o nosso amigo estava devendo anteriormente.

- Vai e volta, e ninguém lhe ensina nada?

- E o sono cultural, filha? Lá é dito tudo o que o homem precisa saber. Inclusive vem num lar decente, com pais que ensinam a moral. Não há necessidade de erro. Todos têm uma oportunidade. Em cada canto tem alguém ensinando alguma coisa.

E entre lágrimas e tristezas o nosso personagem se despediu para o sono cultural. Sabe Deus quando voltará. Se tudo der certo, faz sua cobrança e volta.

Pensei comigo, o que é bom para um não é bom para o outro. E vendo aquele mundo de gente, pensei em um por um desses... e ele vendo o meu pensamento foi logo dizendo:

- Sim as coisas de Deus são assim! Na Terra, todos têm o seu encaminhamento e aqui muito mais. Veja ali na Ponta Negra! Olha o Vale Negro lá em baixo!

Lá tinha comícios de todo jeito. Gente eufórica maldizendo e vibrando em outros aqui na Terra. Um triste espetáculo. Aquele trabalho constante. Grupos enormes fazendo Abatás. Outros emitindo aqueles enormes sermões. Quando Humahan me despertou, dizendo que eu visse que aqueles não eram os mesmos de todos os dias. Que aqueles sermões ajudavam aquele povo.

Uma das coisas mais bonitas que eu vejo ultimamente são os Cavaleiros Caçadores da mesma Legião de São Lázaro. E acredite, meu filho, que estamos chegando no tempo dos Caçadores. Mas para chegar a esse tempo é preciso o Abatá dos Caçadores. É preciso que o Jaguar conheça bem seus sentimentos, suas vibrações e se desarme contra seus vizinhos, sabendo que o homem luz só está evoluído quando não se preocupa com o seu vizinho.

De repente nós estávamos em frente ao grande Yumatã. É um lugar no Canal Vermelho que, de quatro em quatro horas, muda a iluminação.

Ao longe via a torre dos grandes Oráculos destinados a esta obra. Obatalá, na força de Simiromba e Apará nos grandes poderes de Olorum. Fiquei encantada com aquele rosário de luzes que envolvia aquele mundo mágico

- Breve estará ali, filha, apesar de sua estrada ser outra.

Sim, meu caminho é singular. Passei por outra estrada, mas na bênção da consagração de Olorum e Obatalá.

Salve Deus!

Com carinho a mãe em Cristo Jesus,
11.09.84

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