MINISTRO PARLO

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domingo, 4 de julho de 2010

ALCOOL, O VENENO DO JAGUAR


Ao ingressar na Doutrina do Amanhecer o médium é informado que, a partir daquela data, ele não mais poderá ingerir qualquer tipo de bebida alcoólica ou fazer uso de entorpecentes. É deixado bem claro para o médium iniciante que não se trata de questão moral ou qualquer tipo de campanha contra o alcoolismo, porém uma questão de ordem técnica, de ordem mediúnica.
                O álcool contamina o ectoplasma, que é a energia motriz da mediunidade, tornando o médium, que dele faz uso,  um instrumento danificado, incapaz de curar aqueles que o buscam. A energia ectoplasmática de tal médium apresenta baixo teor vibratório e é contaminada pelas emanações alcoólicas, trazendo danos ao paciente e desequilibrando mais ainda o espírito sofredor que é trazido ao templo para receber energias de um plexo equilibrado e seguir para Deus, em paz.
                A situação do iniciado é ainda mais séria. O álcool é para o iniciado como um punhal fincado em seu peito, trazendo-lhe conseqüências danosas a curto ou médio prazo. Um médium que ingere bebida alcoólica não consegue captar e nem manipular energias iniciáticas presentes em grande parte dos trabalhos do Amanhecer. Ele é, portanto, um rádio sem antena, uma lâmpada sem luz, uma música sem melodia.
                Tia Neiva ensinava que a união da força extra-etérica com  a energia vital  ou magnético animal do médium gerava a força da cura desobsessiva. Portanto, como o álcool impede a captação desta força extra-etérica, que vem do astral superior, o médium que bebe não promove a cura desobsessiva. Sabemos, também, que o médium do amanhecer, nos seus momentos de sono, se desdobra e vai até o canal vermelho, levando sua preciosa energia ectoplasmática, para continuar o trabalho iniciado durante o dia nos templos do Amanhecer. Evidentemente, que isto só é verdade para aqueles que têm uma energia limpa não contaminada pelos resíduos alcoólicos.
                Alguns desavisados pensam que beber vez ou outra não traz problemas. Estão errados! O álcool não é liberado da corrente sanguínea com facilidade. Os seus efeitos perduram. Alguns pensam que podem beber e depois passar nos tronos algumas vezes e que tudo fica bem. Que estão “limpos” para trabalhar novamente. Estão errados!  Um preto velho desintegra forças negativas da aura do médium, afasta sofredores, mas não retira o veneno que está contaminando o seu ectoplasma, o seu fluido vital ou magnético animal. Tia Neiva, em uma de suas aulas, demonstrou a sua decepção com alguns mestres que insistiam em “se envenenar através da bebida”.
                E então? O que devem fazer aqueles que estão em falta com a sua conduta? Refletir com seriedade e consciência e tomar uma decisão. O que é mais importante? A Doutrina ou o álcool? Pagamos um preço por sermos médiuns de uma doutrina iniciática. Não existe meia doutrina iniciática ou meio médium iniciático. Como dizia Tia Neiva: ”passamos o tempo de brincar”. Não existe meio termo. A questão não é beber pouco ou de vez em quanto. A questão  é não beber nunca!
                E de repente surgem vozes capciosas murmurando que beber socialmente não tem problema. É mentira! Mentira para iludir suas consciências já perturbadas, que sentem os reflexos das dissimulações em que se envolvem, tentando encobrir os seus atos. E eis que procuram adeptos, seguidores, pois não querem errar sozinhos. E buscam convencer àqueles sobre os quais têm ascendência, enquadrando-se bem nas palavras de Jesus: “São cegos conduzindo cegos e se um cego conduz outro, caem ambos no fosso.”
                Pai Seta Branca não exige santidade. Pai Seta Branca exige conduta. A conduta do homem, do missionário que se conhece, que sabe que não é melhor do que ninguém, que ainda tem muita terra no coração, mas que está disposto a lutar por um ideal, que acredita em se tornar um ser humano melhor e que a Doutrina do Amanhecer lhe aponta um rumo, um caminho rumo ao sol de sua evolução!
               
                                                                              ADJUNTO PARLO

OLINDA, 18 DE MAIO DE 2010.

MEDIUNIZAÇÃO, PERSONALIDADE E INDIVIDUALIDADE



O ato de mediunizar-se é requisito essencial para o trabalho do médium do Amanhecer. A mediunização permite que o médium entre em sintonia com as forças espirituais que o regem, permitindo que ele se torne um instrumento eficiente da espiritualidade superior.   A mediunização é instintiva, natural e todo médium sabe que o primeiro passo para consegui-la é esquecer os problemas da vida diária e concentrar-se nos objetivos do trabalho espiritual, entregando-se a ele com alegria e dedicação. Mas, se é tão simples, porque, às vezes, é tão difícil?
A razão está nos conflitos que muitas vezes envolvem a nossa personalidade. Nem sempre, ao chegar ao templo, conseguimos nos desligar dos problemas inerentes à vida diária. Problemas financeiros, profissionais, referentes à saúde e à família podem tumultuar nossos pensamentos nos impedindo de trabalhar com harmonia. Alguns poderiam dizer, então, que o médium só deveria trabalhar quando estivesse com a vida harmonizada, sem problemas que perturbassem  a sua mediunização. O difícil, então, não seria a mediunização e sim encontrar o médium que não tivesse problemas.
Todos nós trazemos uma bagagem de erros de vidas passadas que, a todos os instantes, influenciam a nossa vida, nos causando sofrimentos maiores ou menores em nossa jornada nesta terra. O médium não é um privilegiado a quem foi prometido uma vida sem percalços e sim alguém que se comprometeu a usar a sua mediunidade para se reabilitar dos erros de outrora. Logo, através da mediunização, o médium pode, temporariamente, esquecer os seus conflitos e entrar em sintonia com as forças superiores que regem o Amanhecer, gerando energias curadoras para aqueles que o buscam.
No entanto, nem sempre os obstáculos estão na vida do médium mas, sim, na vida que o médium está habituado a levar. Mágoa, inveja, ciúmes, intrigas, fofocas, preconceito, preguiça e egoísmo são alguns das características humanas que, às vezes, são levadas para dentro dos templos e que interferem no exercício da mediunidade e da convivência entre médiuns, trazendo desilusão, angústia e sofrimento. A ninguém é exigido perfeição, porém de todos se espera que haja um esforço para oferecer o melhor de si à doutrina, aprendendo cada dia um pouco mais e se tornando, a cada dia, uma pessoa melhor, dentro e fora do templo.
Mediunizar-se, então, é entrar em sintonia com sua Individualidade, deixando que ela passe a conduzi-lo em seus trabalhos mediúnicos e em sua jornada de missionário. Em nossa individualidade temos tudo de bom e de puro. A nossa individualidade não se contamina com as pequenas coisas que, muitas vezes, desarmoniza a personalidade. A Individualidade contém a experiência de muitas vidas e  a sabedoria armazenada de erros e sucessos ao longo do tempo. A personalidade busca na individualidade aquilo de bom que ela necessita para seguir o seu caminho com harmonia.  A sabedoria do homem aumenta na mesma medida em que sua personalidade ouve a voz de sua Individualidade.
A personalidade é o que nós somos hoje. Ela é influenciada pela educação que recebemos, o meio em que fomos criados e a sociedade da qual fazemos parte. De modo diferente da Individualidade, que só abriga em si o que é bom, a personalidade sofre as influências das tendências negativas de outras vidas, que repercutem na vida atual e nos fazem cometer erros.
A consciência é o campo onde a Voz da Individualidade ou Voz que fala no silêncio se manifesta à nossa personalidade. O Espírito ou Individualidade (não confundir com espírito desencarnado) atinge o ápice de sua evolução quando tem domínio total sobre os seus veículos de manifestação na terra, tornando-os plenamente receptivos à sua mensagem de amor e paz. Uma frase que pronunciamos na abertura de nossos trabalhos resume bem isto:
“ Oh! Jesus ilumina a minha consciência para que santificado seja meu Espírito algum dia!”


                                                           ADJUNTO PARLO

OLINDA, 31 DE MARÇO DE 2010